O Laboratório Químico-Farmacêutico da Aeronáutica (LAQFA) retomou a fabricação de Iodeto de Potássio 130 mg, medicamento vital para situações de emergência nuclear ou radiológica, anteriormente importado pelo Ministério da Saúde. Esta retomada, completada em 2 de maio, representa um passo decisivo na autonomia brasileira frente a ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares (QBRN).

Produzido conforme padrões rigorosos de qualidade, desde a aquisição do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) até os testes de estabilidade e controle regulatório, o antídoto já possui registro na Anvisa (nº 1.12330050.001-8). No dia 8 de maio, foram entregues 305 mil comprimidos ao Estoque Estratégico do Ministério da Saúde, localizado em Angra dos Reis (RJ). Além disso, outras 36 mil unidades foram reservadas para agentes de defesa, incluindo militares da FAB, que atuam em operações e treinamentos QBRN.

O Iodeto de Potássio atua como um protetor da tireoide, impedindo a absorção de iodo radioativo, que pode estar presente em acidentes com liberação ambiental de radioisótopos. Sua produção nacional fortalece a capacidade de resposta do Brasil em emergências, sendo fundamental tanto para a saúde pública quanto para exercícios militares simulados, incluindo os preparativos relacionados ao submarino nuclear da Marinha Brasileira.

A retomada da produção reforça o compromisso da Força Aérea Brasileira (FAB) e do LAQFA com a Defesa Nacional e com o fortalecimento da estrutura farmacêutica estratégica do país, garantindo uma resposta mais ágil, qualificada e segura diante de cenários de risco crítico.

Fonte e imagens: Força Aérea Brasileira (FAB)

A medicina nuclear no Brasil pode estar prestes a dar um salto histórico. O senador Astronauta Marcos Pontes apresentou o Projeto de Lei nº 2.167/2025, que institui a Política Nacional para o Desenvolvimento da Medicina Nuclear, com o objetivo de ampliar o acesso da população a diagnósticos e tratamentos de alta precisão, especialmente no combate a doenças como o câncer, enfermidades cardíacas e infecções graves.

A proposta visa transformar o cenário da medicina nuclear no país por meio de quatro pilares estratégicos:

• Fortalecimento da produção nacional de radiofármacos , essenciais para exames e terapias com alta eficácia;
• Expansão dos serviços de medicina nuclear , garantindo mais cobertura regional e atendimento público de qualidade;
• Formação e capacitação de profissionais especializados , fomentando mão de obra qualificada para atender à crescente demanda;
• Aceleração da implantação do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) , infraestrutura fundamental para a autonomia tecnológica do Brasil na área.

Além disso, o projeto prevê uma integração robusta entre o SUS, instituições de pesquisa e o setor produtivo, promovendo sinergia entre ciência, tecnologia e atendimento à saúde pública. Essa união tem o potencial de garantir mais segurança, independência e qualidade nos serviços prestados à população.

Segundo o senador Marcos Pontes, a iniciativa “é um passo necessário para consolidar o Brasil como referência em inovação na saúde e para reduzir as desigualdades regionais no acesso a tecnologias de ponta”.

Com essa proposta, o Brasil se aproxima de um futuro em que a medicina nuclear não será privilégio de poucos, mas um direito real e acessível a todos os brasileiros.

Fonte: SBPR

O quarto e último dia do Curso de Formação em Biotecnologia aplicada à Radiofarmácia contou com uma aula de destaque ministrada pelo professor Fábio Pitella, da Universidade de Brasília (UnB), especialista em genética e biologia molecular. Em sua apresentação, Pitella abordou os avanços no uso da biópsia líquida como ferramenta complementar no diagnóstico e monitoramento do câncer, com foco no câncer colorretal.

Diante de um público presencial e mais de 100 participantes online, o professor destacou os benefícios da biópsia líquida em relação à convencional — por ser menos invasiva, permitir coletas mais frequentes e fornecer dados em tempo real sobre a evolução da doença.

Durante a aula, foram apresentados resultados de um projeto pioneiro da UnB, vinculado ao programa Genomas Brasil, que visa desenvolver um teste nacional baseado em ctDNA. A iniciativa busca aprimorar o rastreio de pacientes com risco de recidiva e evitar quimioterapia desnecessária, otimizando recursos do SUS.

Outro ponto inovador foi a associação entre biópsia líquida e radiômica — técnica que utiliza inteligência artificial para extrair dados de imagens médicas — permitindo identificar padrões que auxiliam no diagnóstico e nas decisões clínicas.

Pitella também revelou dados inéditos sobre o aumento de fragmentos de DNA livre circulante durante cirurgias oncológicas, o que pode abrir caminhos para novas formas de monitoramento intraoperatório.

Encerrando a apresentação, o professor reforçou a importância da colaboração entre áreas como biotecnologia, medicina nuclear e bioinformática. “Ciência boa é ciência que muda vidas”, afirmou, encerrando o curso com aplausos e reafirmando seu compromisso com a inovação aplicada ao cuidado oncológico no Brasil.

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O Programa de Pós-Graduação em Medicina (Radiologia) da UFRJ anunciou a abertura do Edital para o processo seletivo do Curso de Mestrado, com ingresso previsto para o segundo semestre de 2025.

As inscrições estarão abertas entre os dias 02 e 05 de junho de 2025, das 9h às 12h.

Os interessados deverão se inscrever por meio do envio da documentação para o e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. No entanto, a inscrição só será validada com a entrega presencial dos documentos impressos, no mesmo período, no seguinte endereço:

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, Rua Prof. Rodolpho Rocco, 255, subsolo – Ilha da Cidade Universitária, RJ
Telefone: (21) 3938-6273

Confira o edital completo no Boletim da UFRJ – página 69:

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